Governança para start-ups

Uma pergunta frequentemente feita a nós, consultores em governança para start-ups e empresas em geral, é: a partir de qual idade a organização precisa de um conselho? Ou então, com o mesmo tema: a partir de qual faturamento?

Ambas derivam da miopia que alguns empresários/empreendedores têm acerca do tema governança. Sua contribuição é inestimável logo nos primeiros dias de existência de uma organização, seja ela um unicórnio (com faturamento superior a US$ 1 bilhão) ou uma pequena empresa familiar, de fundo de garagem.

O que podemos afirmar é que a governança não escolhe idade ou faturamento para se fazer notar. Ela faz toda a diferença, seja nos processos, na estrutura ou mesmo nas atitudes das pessoas.

Um bom desenho do sistema de governança corporativa, aliado às boas práticas, é determinante não só para o lucro ou o prejuízo, como também para a longevidade ou a morte prematura da empresa. Afinal, vale lembrar que boa parte delas não chega ao seu quinto ano de existência.

Agregando valor

Claro está que não advogamos a governança para start-ups pela governança. Ela deve, antes de mais nada, agregar valor.

Isso significa que nem toda organização precisa de um conselho robusto, com 15 notáveis e custando centenas de milhares de reais ao mês. Apenas dizer que está implantando as “boas práticas de governança do mercado” não passa de puro modismo.

Em outras palavras, num linguajar mais de mercado: greengovernance. Ou seja, fingir que se está aprimorando algo, mas apenas para agradar ao eleitorado.

Governança NECESSÁRIA para start-ups

Defendemos a governança necessária para start-ups (e isto varia de empresa para empresa). Não é porque estamos falando de organizações jovens que desejamos empurrar a mesma “receita de bolo” a todas elas, sejam de que ramo forem…

Start-ups, scale-ups etc. necessitam de governança tanto quanto multinacionais que faturam bilhões de dólares. Ocorre que as estruturas que suportam o sistema de governança podem – e devem – variar de organização para organização.

Depende de sua maturidade, do ramo e até mesmo do budget para implantar as melhores práticas.

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Carlos Ercolin
Carlos Ercolin
MBA e Mestre em Administração pela FEA-USP, possui cursos de pós-graduação no Brasil e no exterior. Conselheiro Certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), coordenou o capítulo Paraná deste instituto. Executivo com mais de 35 anos de experiência em 17 países, atuando em multinacionais de diversos setores. Atua também como docente em programas de pos-garduação. Suas áreas de interesse incluem a implantação de conselhos, as fusões e aquisições e a sucessão.

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