Muito se fala na transição energética necessária para reduzir os efeitos dos combustíveis fósseis em nosso meio ambiente. Atualmente, essa transição, associada ao impacto ambiental causado pelo ser humano, talvez seja o maior desafio da humanidade.
Pode parecer simples substituir o carvão e o petróleo por painéis solares e geradores eólicos, mas parte significativa das fontes de energia limpa é intermitente, ou seja, em períodos de baixa, como no inverno, elas geram menos energia que o habitual. Por isso, existe a necessidade de buscar outros métodos ou até realizar vultuosos investimentos de redundância na geração renovável, além da complexa estrutura nos sistemas de transmissão de eletricidade.
Imagine se instalássemos um cinturão de painéis ao redor do globo terrestre. Seriam necessárias longas linhas de transmissão para poder levar a energia do lado “dia” para o lado “noite” do globo.
As hidrelétricas, por exemplo, possuem capacidade de armazenar energia, retendo água em seus reservatórios. Assim, podem contribuir de maneira relevante no suprimento de eletricidade, em conjunto com outras fontes de energia “firme”, tal como o gás natural. Este, mesmo sendo um combustível fóssil, é o que menos impacta o meio ambiente.
Turbinas e motores a gás são necessários, ou melhor, fundamentais para uma transição energética menos impactante e mais eficiente.
O Brasil dispõe de vastos recursos energéticos naturais, incluindo o gás natural. Porém, é importante que a transição energética do país busque ganhos sociais e ambientais duradouros. Conhecimento, políticas energéticas adequadas, planejamento e investimento tecnológico e em infraestrutura para uma transição energética benéfica são de suma importância para um desenvolvimento econômico e social saudável e equilibrado.