CONTEXTO: A 27ª Global CEO Survey – 2024, pesquisa da consultoria PwC com mais de 4.700 líderes empresariais de todo o mundo, mostra que os CEOs estão ainda mais preocupados com a continuidade de seus negócios. Entre os brasileiros, 41% não acreditam que suas organizações sobreviverão por mais de dez anos se mantiverem o rumo atual.
A sempre muito bem elaborada pesquisa anual da PwC levanta, entre outros, os seguintes pontos que consideramos INEGOCIÁVEIS:
- Aumento da preocupação com a continuidade dos negócios e a ineficiência administrativa;
- Maior reconhecimento do impacto da disrupção tecnológica e a consequente preocupação com cibersegurança;
- O imperativo dos “stakeholders”.
Importantes fatores globais levaram a uma preocupação maior com os mercados das próprias empresas, reforçando o aumento do foco com a continuidade dos negócios que, como já alertamos, traduz-se na resiliência.
Resiliência = controle absoluto das cadeias de valor + avaliação profunda dos riscos e da capacidade de resposta a eles.
Gastos com ineficiência seguem altos
Em quaisquer segmentos, especialmente nas pequenas e médias empresas (PMEs), os processos de geração de receitas devem estar no DNA de todas as áreas, sendo entendidos como os maiores fatores críticos de sucesso.
Compreendemos os desafios dessa questão na cultura corporativa, mas trata-se de um ponto inegociável.
Na sequência: mapear todos os riscos que podem afetar essas cadeias de valor (e a capacidade da empresa em eliminá-los ou mitigá-los) é outro ponto inegociável.
Surpreendeu a estimativa de custo entre USD 10 bi e USD 20 bi anuais para ineficiência administrativa, pois há décadas debatemos ações de produtividade e melhorias de processos.
Mas, ao que tudo indica, como aprendi com os ingleses, as BPUs – Business Prevention Units – resistem. Mesmo infinitamente já discutidas, teremos que abrir demandas de mapeamento de processos fora das cadeias de geração de receitas e dedicar preciosos recursos ainda para combater a ineficiência.
Na ACBrasil, em nosso treinamento “Como Montar um Conselho para PMEs”, abordamos em profundidade esses temas.
Lidando com novas realidades
O reconhecimento do impacto da disrupção tecnológica não nos surpreende, pois já é um fato em muitos dos nossos segmentos de negócios, como o agro e o financeiro.
O gráfico do aumento da margem de lucro, após o reequilíbrio das cadeias de abastecimento, pautado, principalmente, pelo desenvolvimento/pela adoção de novas tecnologias, é a prova cabal desse processo irreversível.
Enfim, avaliar quais disrupções (além da Inteligência Artificial, que afeta todos, sem exceção) estão na pauta do seu segmento específico, preparando seus colaboradores e fornecedores para lidar com as novas realidades, é mais um ponto inegociável.
Outro tema crítico, agora, também inegociável, sem dúvidas é cibersegurança. Para esse assunto, nós da ACBrasil dedicaremos um treinamento específico para conselheiros em breve.
A importância das “partes interessadas” (“stakeholders”) está consolidada. Ninguém mais tem dúvidas de como é positivamente impactante, para qualquer empresa, estabelecer bons relacionamentos com todas essas partes.
A maturidade da liderança, nesse caso, é crítica, pois lidar com entidades muitas vezes assimétricas na compreensão do negócio é o maior desafio, também inegociável.
É um trabalho imenso, exige comprometimento e, especialmente, equipe; quando ela não está estabelecida, surge um outro desafio, que é formá-la – pauta para outro treinamento que planejamos ainda para este ano.
Texto adaptado da edição de 26 de janeiro de 2024 da nossa newsletter semanal. Inscreva-se para acessar em primeira mão.